10 MINUTOS COM JEAN-JACQUES
Profa. Dra. Anamaria Fernandes*
EBA/Universidade Federal de Minas Gerais
RESUMO: Nesta fala, Anamaria Fernandes, dançarina, coreógrafa e professora, traz algumas reflexões sobre um encontro marcante em sua vida profissional e pessoal. Um divisor de águas. Jean Jacques Cousin, homem de meia idade, com síndrome de Down morava, e ainda mora em uma Instituição na cidade de Rennes (França). Foi nesse espaço que Anamaria iniciou seu trabalho com pessoas em situação de deficiência intelectual profunda. A aventura com Jean-Jacques durou 12 anos e só terminou quando Anamaria deixou o país. Jean-Jacques foi o tema de seu mestrado e a ele foi dedicada sua tese de doutorado.
PALAVRAS-CHAVE: Dança. Arte. Diversidade. Inclusão
*http://lattes.cnpq.br/1812563027585805
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DANÇA E ESTIGMA: POR QUE, NA ESCOLA, A DANÇA É “COISA DE MENINA”?
Prof. Dr.Marcos Antônio Almeida Campos*.
Universidade Federal do Ceará
RESUMO: Esse trabalho tem como objetivo investigar possíveis motivos para a construção da representação que liga a dança na escola apenas às meninas/mulheres. Meninos/homens quase sempre se viram impedidos de dançar ou questionados caso resolvessem gostar ou praticar a dança para além da “dança em que homem faz papel de homem”. Por meio de suas pesquisas de mestrado e doutorado, o autor apresenta contextos históricos, sociais e educacionais que ajudaram a construir a representação da dança como “coisa de menina” no contexto escolar. Isso também reflete nas crenças sociais, que associam a dança à construção da corporeidade feminina, da delicadeza do gesto, da expressão das emoções; sendo que esses elementos não devem fazer parte da formação masculina. O lócus principal é a formação de professores de Educação Física que, durante décadas, tiveram a dança excluída da formação masculina, obviamente refletindo no não-trabalho com a dança em turmas masculinas nas aulas de Educação Física nos ensinos infantil, fundamental e médio. Outro lócus importante foi uma pesquisa de cunho etnográfico na Escola de Dança de Paracuru, onde meninos moradores da pequena cidade de Paracuru/CE se formaram bailarinos profissionais, enfrentando todo tipo de estigma por se atreverem a dançar balé clássico, prática considerada socialmente como pertencente ao universo feminino. Espera-se, assim, que este trabalho traga uma melhor compreensão sobre o assunto, fazendo com que se possa compreender que essa representação é fruto de uma construção socio-histórica, e que deve ter sua desconstrução e ressignificação também construída social e historicamente, seja pela formação em dança de professores homens, como também pelo questionamento deste estigma, já que fora da escola os homens também dançam, sem ter sua sexualidade necessariamente questionada, como ainda ocorre na escola.
PALAVRAS-CHAVES: Dança; Estigma; Escola.
* http://lattes.cnpq.br/0035698578768000
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DANÇA, MITO E RITUAL NO ALTO XINGU: UMA INTRODUÇÃO AO KWARYP
Pra. Dra. Giselle Guilhon Antunes
UFPA*
RESUMO: O Kwaryp é um ritual de homenagem aos mortos, realizado pelos povos indígenas do Alto Xingu, consistindo numa sequência complexa de ritos e sub-ritos que se iniciam após o falecimento de uma pessoa e cuja performance rememora o ato de criação da humanidade pelo herói mítico Mavutsinin, organizador de toda a sociedade xinguana. A presente palestra, gravada em 02/11/2020, Dia dos Mortos, para ser exibida em 03/11/2020, no Colóquio Virtual “Dança, Arte, Diversidade e Inclusão” do 16° Seminário Internacional Concepções Contemporâneas em Dança, da UFMG, acompanha e complementa o artigo de mesmo título, a ser publicado nos Anais do evento.
PALAVRAS-CHAVE: Kwaryp. Xingu. Dança. Mito. Rito.
*http://lattes.cnpq.br/2551648142775344